Delegada encontrada com R$ 1,8 mi é presa em operação contra bingos

Adriana Belém é investigada no âmbito da operação Calígula, que apura uma rede de jogos de azar explorada pelo contraventor Rogério de Andrade e pelo PM reformado Ronnie Lessa – réu pela morte da vereadora Marielle Franco e seu motorista Anderson Gomes.

No início da tarde desta terça-feira, 10, a delegada Adriana Belém foi presa preventivamente após quase R$ 2 milhões serem apreendidos em sua residência. Ela é investigada no âmbito da operação Calígula, deflagrada nesta manhã, que apura uma rede de jogos de azar explorada pelo contraventor Rogério de Andrade e pelo PM reformado Ronnie Lessa – réu pela morte da vereadora Marielle Franco e seu motorista Anderson Gomes.

A prisão foi autorizada pelo juiz Bruno Monteiro Ruliere, da 1ª vara Especializada do RJ.

Na decisão, o magistrado anotou que “o gigantesco valor em espécie arrecadado na posse da acusada, que é Delegada de Polícia do Estado do Rio de Janeiro, aliado aos gravíssimos fatos ventilados na presente ação penal, têm-se sérios e sólidos indicativos de que a ré apresenta um grau exacerbado de comprometimento com a organização criminosa e/ou com a prática de atividade corruptiva (capaz de gerar vantagens que correspondem a cifras milionárias)”.

O juiz apontou ainda que o dinheiro achado dá “credibilidade ao receio de que, em liberdade, a ré destrua ou oculte provas ou crie embaraços aos atos de instrução criminal”.

Operação Calígula

De acordo com informações do MP/RJ, a operação Calígula, deflagrada nesta manhã, é voltada a reprimir as ações da organização criminosa liderada por Rogério Costa de Andrade Silva, contraventor conhecido como Rogério de Andrade, e seu filho Gustavo de Andrade, integrada por dezenas de outros criminosos, incluindo Ronnie Lessa, denunciado como executor do homicídio da vereadora Marielle Franco e de seu motorista Anderson Gomes.

A operação tem como objetivo o cumprimento de 29 mandados de prisão e 119 de busca e apreensão, incluindo quatro bingos comandados pelo grupo, tendo sido alvos de denúncia um total de 30 pessoas, pelos crimes de organização criminosa, corrupção ativa, corrupção passiva e lavagem de dinheiro.

Os mandados requeridos pelo MP/RJ foram expedidos pela vara Especializada.

Paulo fialho

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