Fortaleza registrou o primeiro óbito causado pela chikungunya em 2022, de acordo com a Secretaria Municipal de Saúde (SMS) em boletim epidemiológico divulgado nesta terça-feira (24). Duas outras mortes estão em investigação. Até esta segunda-feira (23) foram confirmados 3.058 casos da doença na capital.
De acordo como documento, a taxa de incidência da doença é de 113,1 casos por 100 mil habitantes. 88 bairros de Fortaleza já registraram casos, sendo José Walter, Jardim das Oliveiras e Cidade dos Funcionários os que possuem mais casos confirmados.
Em todo o Ceará já são sete mortes. As seis primeiras ocorreram entre fevereiro e março, em municípios da região do Cariri, que apresenta aumento no número de casos.
Segundo a Secretaria Estadual da Saúde (Sesa), quatro mortes por chikungunya ocorreram na cidade de Barbalha e duas em Juazeiro do Norte, no interior do Estado. As vítimas tinham entre 21 e 85 anos e quatro delas eram do sexo masculino.
Conforme o órgão, a Região do Cariri, o Sul e o Centro-Sul do Estado tem 2.399 casos confirmados de chikungunya. O número é maior que o registrado em toda região de saúde de Fortaleza, que agrega outros municípios, além da capital.
Em 2021 a região do Cariri registrou 177 casos da doença. Já de janeiro a março deste ano o número saltou para 1.061 pessoas confirmadas com chikungunya.
Ainda de acordo com a Secretaria, ao longo do ano passado o Ceará teve 1.133 casos de chikungunya e um óbito pela doença, que vitimou um bebê de 11 meses.
Em busca de conter a proliferação do mosquito Aedes aegypti, causador de arboviroses, entre elas a dengue, o zika vírus e a chikungunya, as prefeituras têm intensificado os trabalhos dos agentes de endemias, em visitas aos moradores.
Sintomas e prevenção
Dengue, chikungunya e zika vírus têm, em comum, sintomas como febre, manchas vermelhas no corpo, além de dores nas articulações e na região dos olhos. Quem apresentar estes sinais deve procurar atendimento médico.
A prevenção da doença consiste em dificultar a reprodução do Aedes aegypti e adotar ações para evitar ser picada pelo mosquito.
Confira algumas dicas:
- instale telas de proteção com espaços de, no máximo, 1,5 milímetro nas janelas de casa;
- use repelente no corpo;
- utilize roupas compridas;
- mantenha portas e janelas fechadas, sobretudo no período do nascer e pôr do sol;
- escove vasilhas de água e comida dos animais, mantenha-os secos e limpos;
- matinha as lixeiras fechadas;
- tampe recipientes que possam armazenar água, incluindo tonéis e caixas d’água;
- preencha pratos de vasos e plantas com areia;
- mantenha o terreno de casa sempre limpo e livre de materiais ou entulhos que possam armazenar água;
- mantenhas as calhas sempre limpas;
- deixe ralos limpos e com aplicação de tela;
- em caso de sintomas similares aos de dengue, chikungunya ou zika, procure a unidade de saúde mais próxima e consulte um médico