Merkel: lockdown não vai durar ‘nem um dia a mais do que o necessário’

A chanceler da Alemanha, Angela Merkel, pediu paciência aos alemães, nesta quinta-feira (11) e garantiu que seu governo não irá estender o confinamento nacional – imposto para conter o avanço de novas variantes do coronavírus – para além do necessário.

“Como democracia, temos a tarefa de não manter as restrições em vigor nem um dia a mais do que o necessário”, disse Merkel em um pronunciamento no Parlamento em Berlim.

Merkel justificou a prorrogação do lockdown para o dia 7 de março, anunciada na quarta-feira (10), e disse que a renovação das restrições é necessária para se evitar a chegada de uma nova onda da pandemia de Covid-19.

Essa foi a terceira vez seguida que o país mudou a data final do confinamento.

Com a prorrogação do confinamento, permanecem fechados:

  • Bares
  • Restaurantes
  • Hotéis
  • Academias de ginástica
  • Cinemas
  • Teatros
  • Comércio não essencial

Segundo o plano de reabertura defendido por Merkel, é preciso que o número semanal de infecções caia para 35 a cada 100 mil habitantes para que se avalie a volta das atividades.

Atualmente, essa taxa está em 68 infectados a cada 100 mil habitantes, número bastante inferior aos 200 por 100 mil registrados no fim de dezembro do ano passado.

O governo anunciou também que a prioridade da reabertura estará nas creches e escolas, que poderão voltar a funcionar antes mesmo do prazo determinado.

Salões de beleza também poderão ser reabertos antes deste prazo. A previsão do governo, é que esse tipo de estabelecimento possa voltar a funcionar em 1º de março.

No fim de janeiro, a Alemanha proibiu entrada de viajantes com origem no Brasil para tentar conter a nova variante do coronavírus.

A medida também foi aplicada a pessoas que estiveram recentemente na África do Sul, em Portugal, Reino Unido e Irlanda e, inicialmente, será válida até 17 de fevereiro.

A Alemanha está sob intenso confinamento desde novembro, com uma segunda onda do coronavírus muito pior e mais longa do que a primeira.

O número de casos registrados da doença passa dos 2,3 milhões no país, e as mortes por Covid-19 já são mais de 63,2 mil.

 

Paulo fialho

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