Na quarta-feira, 21 de um cenário turvo de atividades criminosas, a Polícia Federal (PF) desencadeou a Operação Kariri, um golpe contundente contra uma organização enraizada no tráfico de entorpecentes e na lavagem de dinheiro. O alvo desta investida foi uma família que, sob o manto da normalidade, cultivava maconha e gerenciava um complexo esquema criminoso.
A investida policial resultou em uma reviravolta violenta quando o líder da organização, identificado como Rener Umbuzeiro, resistiu à prisão e encontrou a morte em um confronto com as forças da lei. A filha de Umbuzeiro, Larissa Lima, uma médica cuja aura de respeitabilidade escondia sua participação como operadora-chave no esquema, também foi capturada em São Paulo durante a operação.
A Justiça, agindo com firmeza, ordenou o bloqueio de contas bancárias e a apreensão de imóveis, num total estimado em cerca de R$ 50 milhões. Entre esses ativos, figuram seis imóveis luxuosos e cinco fazendas, espalhadas pelos estados da Bahia e Pernambuco.
O impacto da Operação Kariri foi sentido em múltiplas cidades, com ordens judiciais sendo cumpridas em nove localidades, incluindo Salvador, Feira de Santana, América Dourada, Morpará, Ibititá e Muquém do São Francisco, na Bahia, além de Brasília, Ibimirim em Pernambuco e São Paulo.
Os resultados da operação são impressionantes: cinco armas, quatro veículos, seis apartamentos e cinco fazendas foram apreendidos. Seis prisões preventivas foram realizadas, além de um caso de resistência à prisão que resultou em confronto fatal. Todos os mandados de busca e apreensão foram cumpridos, evidenciando a eficácia e a determinação das autoridades em desmantelar essa organização criminosa que por tanto tempo operou às sombras da sociedade.